segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Dia 1

Primeiro dia de aula na 5ª série (hoje, 6º ano), aquela fase que você deixa de estudar a tarde e passa a estudar de manhã, aquela fase que você deixa de ser criança pra ser pré-adolescente. Eu mal havia dormido aquela noite, estava tão empolgada! Havia ganhado uma bicicleta nova, azul com prata que logo ranquei a cestinha, o sininho e o espelho, desde nova (nessa época eu tinha acabado de fazer 11 anos) eu odiava coisas "fluflu" demais, minhas coisas eram todas azuis por exemplo. 
Uffa, primeiro dia de aula! Imaginei que aquele ano seria completamente diferente dos outros, mas na verdade muita coisa não mudou. Eu ainda apanhava de uma menina que me batia e pisava nos meus lanches desde os meus 8 anos junto com os irmãos. Antes dela era um outro garotinho que puxava meu cabelo e da minha melhor amiga até o chão.  Esse mesmo garotinho já até havia tentado me matar me colocando em canto da quadra da escola e passando arame farpado no meu pescoço, minha sorte foi a professora que chegou quando as pontas já estavam entrando no meu pescoço a medida que ele ia puxando devagar e falando que eu era uma vadia. Eu nem sabia o que era vadia. Eu deveria ter meus 6 anos, por aí. Muita coisa que ele falava que não fazia sentido pra mim e que eu nunca esqueci, hoje, ao 22 anos fazem sentido. Até que um certo dia ele sumiu...
Sobre os lanches, eu levava lanches pra escola. Minha mãe sempre fazia sanduíches e bolo de chocolate. Fui considerada a minha vida inteira como a "filhinha de papai" e a "nojenta" por simplesmente levar lanches para a escola. Recentemente mesmo ouvi novamente isso. Que todos me odiavam na minha primeira escola, onde estudei até meus 13 anos porque eu apenas levava lanche de casa. Mas de que adiantava o carinho da minha mãe? Era dar mole e pegavam ele. Pegavam e me batiam.
Meus pais cansavam de falar com os pais da agressora, nada resolvia. Mesmo assim eu ainda esperava que  aquele ano fosse mudar alguma coisa, que talvez ela amadurecesse e visse que aquilo era errado, que machucar alguém assim não era legal.
Cheguei na escola, de blusa branca de alcinha, nos primeiros dias não exigiam uniforme, coloquei a minha bike que eu amava horrores próxima a janela de onde seria a minha sala pra ficar vigiando. Nada adiantava. Sempre que ia pegar ela estava com pneus vazios. Sai dali e fui beber água, PRA QUE!? Já fui bem recepcionada com uma menina que estudava comigo e estava bebendo água ao lado, aí ela encheu a mão e jogou dentro da minha cara. Nunca havia entendido porque tanto ódio. Algumas professoras, funcionários e até mesmo a diretora gostavam bastante de mim porque eu era extremamente esforçada. Sempre ia bem nas provas, tirava nota máxima em tudo, nunca dava problema. Ia ter aula de inglês somente aquele ano, mas como minha mãe estudava eu havia pego material de inglês e havia estudado antes, já cheguei sabendo tudo pra aula e gostava de ser assim, gostava de ler, de estudar. Na verdade, ler é minha paixão até hoje, mas não acreditava que isso poderia incitar tanto ódio.
No primeiro dia de aula a escola estava movimentada, eu estava me sentindo sozinha porque minha irmã era minha companheira, mas ela é um ano mais nova e ainda ia fazer o último ano a tarde. O movimento todo era porque haviam chegado duas mesas de totó, duas de ping pong, e uma de futebol de botão para a gente se divertir no intervalo. Como era primeiro dia, deixaram a gente ficar ali. Todo mundo correu para o totó e futebol de botão. Uma mesa de ping pong ficou ocupada com alunos mais velhos. As meninas foram fofocar pra um canto, nem chegaram perto desses jogos. Eu encostei na outra mesa e fiquei olhando, até que chegou um rapaz e perguntou se eu não queria jogar. Eu não sabia jogar, ele não sabia jogar. Jogamos, acertei a bolinha no olho dele com toda a força do mundo, porque sempre fui muito delicada, aí viramos amigos, não tava mais sozinha. Ah, mas e minhas amigas? Porque não estava com elas? Bom, eu fui criada com a ideia que iria virar freira, que namorar era só aos 30 anos e eu tinha um puta medo dos meus pais, e também, os respeitava muito. Sabia que não tinha idade para namorar, e nem queria. Enquanto eu estava na biblioteca procurando livros, as minhas amigas estavam beijando garotos se aproveitando do corredor. Eu nunca esqueci essa cena, ver tal situação foi um choque. Eu ainda brincava com minhas bonecas. Apesar do meu jeito um pouco masculino, um amor até hoje enorme por futebol, tênis, boné, eu amava costurar roupinhas e brincar de loja com minhas bonecas, e que destino né? Quem diria que 8 anos depois eu abriria minha primeira loja de roupas.



Continua...

Porque eu voltei?

Oi amores, tudo bem com vocês? Muitos nem se lembram de mim mais, foram tantos anos com esse blog desativado, afinal o outro blog de moda me consome completamente. Mas eu voltei, voltei porque quero mostrar para algumas meninas que elas não são as únicas a passarem por certas coisas. Todo mundo tem suas barreiras e dificuldades. Algumas mais pesadas do que outras. Algumas mais leves. Dias mais felizes, dias menos felizes, dias completamente tristes.


Então aqui começa a história da minha vida...
Na verdade eu sempre senti muita falta daqui. Escrever sempre foi meu refúgio.
Aguardem as postagens.

EU VOLTEI! Blog reativado hoje!

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

ATENÇÃO!

Amores, vim deixar o recado que o blog será desativado! Bem, eu tenho outro blog de moda e etc que tem me tomado muito tempo e eu não consigo dar conta dos dois, além do mais, a página do blog lá no Facebook está bombando, então me dedicarei lá! Todas as frases e textos que antes colocava aqui, serão postados lá!

Quem sabe um dia eu retorne ao blog, mas por enquanto, está impossível.
Espero que entendam!

segunda-feira, 28 de outubro de 2013


Desculpe, mas as únicas coisas que eu permito me incomodar são os meus saltos.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013



Maquiagem não faz ninguém ficar bonita. Maquiagem ajuda a destacar a beleza, ajuda a evidenciar aquele seu dia mais "ousada" com um batom vermelho, mais romântica com um "rosinha" ou discreta com um "nude". Ninguém precisa de maquiagem para se sentir linda, precisa de maquiagem para deixar explodir a mulher que está dentro de você naquele dia, até porque, nós mulheres, mudamos sempre, e talvez esse seja o motivo da gente precisar estar sempre comprando algo diferente né?